quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mustang 2015

Ford confirma novo Mustang no Brasil, mas lançamento pode ficar para 2016

Está confirmado: o novo Mustang será vendido no Brasil por importação oficial da Ford, com garantia de fábrica e assistência na rede autorizada. A data para o lançamento do histórico esportivo em nosso país ainda não está definida.

É impossível que seja neste ano e improvável que seja em 2015. Um prazo de até 18 meses -- ou seja, no primeiro semestre de 2016 -- parece mais realista, a julgar pelo que se ouve dos executivos da empresa.
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Sexta geração do Ford Mustang chegará ao Brasil por importação oficial da Ford até o primeiro semestre de 2016; nos Estados Unidos, esportivo começa a ser vendido em outubro próximo Divulgação
Eles disseram aqui em Los Angeles, num encontro com a mídia sul-americana na noite desta terça-feira (23), que a chegada do Mustang ao nosso país é muito mais complicada do que simplesmente pegar os carros na fábrica de Flat Rock (Michigan), que abastecerá nada menos que 120 países, e despachá-los pelo mar.

Uma das dificuldades é o ajuste para rodar com nossa gasolina, que contém até 25% de etanol -- substância que pode corroer partes do motor. 
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Segundo Prakash Patel, engenheiro indiano que gerenciou o projeto da 6ª geração do Mustang, o fato de os motores fabricados nos Estados Unidos aceitarem o E10, nome local da gasolina com 10% de etanol (na verdade, aceitam até E15), não significa que possam ser abastecidos com E25 no Brasil. "É preciso fazer adaptações", disse Patel. Questionado por UOL Carros sobre um prazo mínimo para viabilizá-las, foi direto: "Um ano".

Portanto, sendo (muito) otimista e contando a partir do mês que vem, quando começam as vendas do Mustang aqui nos EUA, o modelo só seria importado ao Brasil em outubro de 2015.

A promessa feita repetidas vezes pela Ford verde-amarela, de oferecer localmente todos os carros globais da marca até 18 meses depois do lançamento nos EUA/Europa serve para fixar a data mais distante: abril de 2016.
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Outra variável são as eleições presidenciais. Todas as montadoras que trabalham com importação, independentemente da quantidade de carros envolvida, aguardam para saber se terão no Planalto mais quatro anos de Dilma Rousseff (PT), cujo governo alterou significativamente algumas regras do setor automotivo, ou se Marina Silva (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) conseguirão derrotá-la. Difícil dizer para quem torcem, mas o compasso de espera é evidente.

Finalmente, há uma questão de posicionamento de produto. Se a ideia é vender o Mustang em número que justifique sua importação ao Brasil, é preciso antes decidir o que significará o Mustang em nosso país.

Traduzindo as declarações enigmáticas de alguns executivos ao longo da noite de terça em Los Angeles, nota-se o desejo de colocar o modelo num patamar acima do Chevrolet Camaro, como alternativa à moda americana (mas nem tanto, já que o novo Mustang está bastante europeizado) a esportivos das marcas alemãs Audi, BMW e Mercedes-Benz, das quais apenas a BMW é especialista em tração traseira.


B

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